quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Episódio de 11/02/2013 a 13/02/2013 com internamento em Santa Maria


Por onde começar?!

Após termos terminado este internamento acho que apenas poderemos constatar de que tratou realmente de mais um episódio de crises mas com mais umas circunstâncias que nos levaram a ter algumas dúvidas sobre tudo o que se estaria realmente a passar.

Segunda-feira de Carnaval em que a Filipa andou toda contente na escolinha mascarada de “Palhaça Filipa” conforme ela insistiu em se autointitular. Mais uma vez a coisa aconteceu durante o nosso regresso a casa com a paragem obrigatória pelo restaurante do Sr. Simões e da D. Aida para comer a sua adorada patanisca de bacalhau. Estávamos a preparar-nos para sair, era por volta da 19:20, quando a Filipa voltou para trás para fazer o seu relatório diário do que haviam sido as suas refeições na escola naquela dia, de um momento para o outro a Filipa caí desamparada para trás batendo violentamente com a cabeça no chão do restaurante. De imediato a acudimos e estando em convulsão algo violenta e modo diferente das crises a que nos habituámos nos últimos tempos. Verificou-se que um forte hematoma se havia formado na parte de trás da cabeça o que nos deixou apreensivos e nos fez não ter muitas dúvidas de que o melhor seria irmos com ela ao hospital para verificarmos se não ficariam sequelas da pancada. Nesta altura ficámos sem perceber (embora a Ana dissesse que ficou logo com a impressão de que lhe tinha dado uma crise antes de ela cair) ao certo se a Filipa tinha caído por desequilíbrio ou se motivada por uma crise.

Já no Hospital de Santa Maria aparentava estar bem e sem dores pelo que o rastreio e a consequente consulta correram sem sobressaltos ficando apenas vincado que seria conveniente a Filipa fazer uma TAC, para além das análises de rotina, para que todos pudéssemos ficar descansados. Estávamos à espera para fazer a TAC, quando lhe deu a segunda crise e para nós a confirmação de que estávamos efetivamente no início de mais um episódio. Rapidamente apareceram vários enfermeiros e médicos à volta dela que com a nossa ajuda compreenderam melhor o que se estaria a passar. Fez de imediato a TAC e seguimos para uma salinha de tratamentos para aguardarmos os resultados dos exames. Por volta das 22:40 recomeçam as crises e 10 minutos depois tem uma forte convulsão que termina com forte vómito. Novo elemento a juntar às dúvidas, que com uma TAC sem registos de maior e sem febre levaria os médicos a pensar na hipótese de começo de virose.

Por volta das 23:20 tem nova crise, mais suave do que a anterior, mas que também culminou em vómito, sendo que no que respeitou a vómitos por ali ficaram.

23:35 – Nova crise mais agressiva.

Após estes últimos acontecimentos ficou acordado que o melhor seria a Filipa ficar em SO pois com o quadro apresentado não seria de todo recomendável ela ter alta mesmo com a nossa experiência no que às crises da Filipa diz respeito. Obviamente que concordámos pois não estávamos nada confortáveis com a intensidade das crises nem com o facto de ela estar a vomitar daquela maneira.

Na madrugada de 11/02/2013 para 12/02/2013 a Ana ficou com ela no SO e como seria de esperar a noite foi algo agitada com mais alguns episódios de crises e com o aparecimento de mais um elemento novo, a febre.

Já por volta das 09:00 da manhã a Filipa acordou bem disposta mas rapidamente as crises voltaram à carga e mais uma vez tiveram que recorrer ao Diazepam.

Por volta das 12:30 a Filipa parecia melhor e então sugeriram transferi-la para o serviço de neuro pediatria para que lá se procedesse posteriormente ao acompanhamento do problema concreto dela e já não relacionado com a queda em si. No entanto as coisas não correram como o pretendido, pois estávamos já no corredor para sair das urgências da pediatria quando a Filipa entra em convulsões fortes novamente fazendo com que as enfermeiras regressarem de imediato ao SO e cancelassem a transferência para a neuro pediatria. Seguidamente foi-lhe administrada mais uma dose de Diazepam e a Filipa voltou a conseguir dormir durante algum tempo.

Após uma tarde mais calma, entre uma dormiditas e umas voltinhas pelo “telefone verde” (ipod) a ver os videoclips dos "Caricas" e mais alguns a Filipa deu-nos o que esperávamos, ou seja, as últimas crises. Por volta das 17:30 entra em repouso e 15 minutos depois reapareceram a crises que foram muito mais suaves e que se manifestaram até às 18:10 (à volta de 3 crises).

A Ana que após sair do trabalho foi ter connosco para fazer mais um turno da noite, já encontrou uma Filipa mais calma e a dar indicações de que iriam ter uma noite bem mais tranquila e felizmente assim foi.

Dia 13/02/2012 – Chegado ao hospital por volta da 08:45 as duas estavam com cara de boa disposição que espelhava a noite mais tranquila que ambas tiveram e que nos dava a esperança de que realmente tudo havia passado e que iriamos para casa nessa manhã. Pouco tempo depois chegou a Dra. Sofia Quintas para falar connosco e após mostrarmos o papel que o Dr. Nuno Lobo Antunes nos havia passado com o plano de desmame e inclusão de Keppra, tornou-se mais fácil a decisão de aplicar a terapêutica de saída. A Dra. propôs-nos também efetuarmos uma colheita à Filipa para um novo estudo genético que segundo ela estará relacionado com a descoberta de uma nova mutação genética que se manifesta apenas nas raparigas e que provocará sintomas muito semelhantes aos dela. De imediato demos a nossa concordância sendo que em primeiro lugar a situação ainda irá ser conferenciada com o Dr. Nuno.

Entretanto saímos do hospital, fomos para casa tomar o banho revitalizante e almoçar. A Filipa ainda apresenta alguma confusão e marcha pouco segura que será obviamente consequência das constantes impregnações que lhe fizeram no hospital. Amanhã já irá para a escola e poderemos todos voltar à nossa rotina quotidiana.

Após este episódio a terapêutica da Filipa ficou:

Depakine – 300mg + 300mg
Castilium – 10mg + 10mg
Keppra – 200mg + 200mg


Aproveitamos apenas para deixar uma nota de agradecimento e reconhecimento a todo o pessoal médico, enfermeiro e auxiliar que connosco se cruzaram neste internamento, que devido à sua atitude e prontidão nos proporcionaram uma experiência mais agradável dentro possível.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Desmame concluido!

Pois é! Já passaram 3 semanas desde que iniciámos o desmame do Topiramato e felizmente tudo correu bem.

Agora é aguardar por novas crises para aí se avançar com o Keppra conforme foi estabelecido.